Trabalhadores reivindicam e comércio permanece fechado em Campina Grande

Em videoconferência realizada na sexta-feira última (3), com a participação da prefeitura de Campina Grande e setores do empresariado e da saúde do Estado, a CUT-PB e outras centrais como Força Sindical, CTB e Nova Central reivindicaram que o comércio permanecesse fechado em Campina Grande para diminuir a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) no Estado.

A participação dos trabalhadores foi articulada pela CUT-PB, através da sua vice-presidente, Maria do Socorro Ramalho, que encaminhou ofício ao prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, juntamente com a Nova Central, a Força Sindical e a CTB. Os sindicatos que contribuíram com a discussão foram Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região, Sintep, SEESSA-AB, Sintab, StiuPB, ADUEPB, Sindicato dos Comerciários, entre outros.

“O objetivo da participação dos trabalhadores, dessa articulação, era exatamente garantir a participação dos trabalhadores nessa rodada de negociação e de discussão, tendo em vista o interesse direto dos trabalhadores do comércio e dos bancos. Felizmente a prefeitura chegou à conclusão de manter o comércio fechado. A posição dos trabalhadores teve muita importância nessa reunião”, resumiu a vice-presidente da CUT-PB, Socorro Ramalho. Durante a videoconferência, a CUT-PB foi representada pela vice-presidente da central e pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande, Esdras Luciano.

Para Socorro Ramalho, apesar de mais uma semana de comércio fechado, a decisão foi uma vitória, primeiro pela participação dos trabalhadores nessa reunião, já que no primeiro encontro não houve oportunidade de ouvir os trabalhadores. “Destacamos o papel das centrais sindicais em reivindicar isso do prefeito Romero Rodrigues e contribuir na discussão para que o comércio continue fechado para evitar contágio pelo coronavírus. Os trabalhadores puderam dar sua opinião, ser ouvidos tanto pelos empresários como pelo governo municipal. Vamos atuar, portanto, para que as pessoas fiquem em casa, ajudem, colaborem para que possamos possa ter a diminuição dessa curva de contágio”, acrescentou.

No documento enviado à prefeitura solicitando a participação na videoconferência, as entidades já tinham reforçado as orientações da OMS, da comunidade científica e do Ministério da Saúde sobre a necessidade do distanciamento social, lembrando que a abertura do comércio, bancos e similares expõem a nossa população a um elevado risco epidêmico.

O prefeito Romero Rodrigues também já havia recebido um relatório de um especialista sobre as consequências da quebra do isolamento social, que também foi levado em conta, apesar da pressão de setores dentro da própria prefeitura, pela reabertura do comércio. Na última semana, um plano proposto pela Secretária de Desenvolvimento econômico, Rosália Lucas, orientava pela reabertura do comércio, indo de encontro ao posicionamento do Ministério da Saúde para evitar um pico de pessoas doentes, reforçando o isolamento social.