Escrito por: Elara Leite
Pela educação e contra a agenda de privatizações do governo Bolsonaro, sindicatos cutistas foram às ruas nesta quinta-feira (3), em todo o Estado. Professores paralisaram as atividades em todo o País
Pela educação e contra a agenda de privatizações do governo Bolsonaro, sindicatos cutistas foram às ruas nesta quinta-feira (3), em todo o Estado. Professores paralisaram as atividades em todo o País, obedecendo orientaçãonacional da CNTE e da UNE.
João Pessoa
Em João Pessoa, sindicatos representantes da UFPB não deixaram a data passar em branco. Entidades como Sintesp, ADFPB e Sintef e movimento estudantil realizaram uma manifestação na Lagoa e depois panfletaram nas ruas, mesmo com a chuva, puxados por batucadas, com palavras de ordem como ‘ô Bolsonaro que papelão tem dinheiro pra milícia, mas não tem pra educação’.
Os técnicos administrativos da UFPB realizaram 48h de paralisação, começando na quarta-feira (2), com panfletagens no Portão Principal do CCHLA. Sintep e o Sintem participaram de uma palestra sobre educação na sede do Sintep, na quinta-feira (3), com a participação do Secretário de Formação da CUT-PB, Tião Santos. Depois, os participantes da palestra realizaram um ato em frente ao Palácio da Redenção. O Sintect participou da ação defendendo as estatais, coletando assinatura de abaixo-assinado nos ponto de ônibus, contra a privatização da empresa. “Os sindicatos de base cutista foram protagonistas desse movimento”, ressaltou a Secretária de Comunicação da CUT-PB, Lúcia Figueiredo, que participou da atividade.
Campina Grande
Na cidade de Campina Grande, a manifestação aconteceu na Praça da Bandeira, com a participação do Sintef e do Sintep, Socorro Ramalho, diretora estadual da CUT-PB, foi uma das coordenadoras da atividade, que além do ato desta quinta-feira (3), contou com debates nas escolas na quarta-feira (2), sobre o FUNDEB, para estudantes, professores e pais. Socorro Ramalho ressaltou que a luta das categorias é imprescindível contra o desmonte da educação. “Vamos à luta, unidos somos nós, nossa força, nossa voz”, afirmou em vídeo.
Cajazeiras
As atividades nas escolas municipais e estaduais de Cajazeiras também foram paralisadas na quinta-feira (3). Um aulão foi promovido com representantes da rede municipal, estadual e da UFCG, tratando sobre a situação da universidade, que vem sofrendo desmonte. Além disso, foi tratado a respeito do PCCR dos professores, que não avançou nas últimas gestões estaduais e não tem perspectiva. Outro assunto abordado foi o FUNDEB, que será encerrado em 2020 e, com as políticas do governo Bolsonaro, tende a não ser renovado.
Para a Secretária de Políticas Sociais da CUT-PB, Elinete Lourenço, todos devem sofrer se o FUNDEB for perdido. “O que será dos professores da rede municipal, estadual e federal? Todos sairão perdendo sem o FUNDEB”, pontuou.
Elinete, que também é a presidente do Sindicato dos Funcionários Municipais de Cajazeiras, relatou que a regional do Sertão dividiu a diretoria, enviando representantes para Cachoeira dos Índios, onde o sindicato está prestes a fechar suas portas por questões financeiras, já que não está recebendo o repasse pela prefeitura. Foi realizada uma assembleia na Câmara Municipal de Cachoeira dos Índios para discutir a questão, com o presidente da Câmara.
Outra cidade que também foi visitada pela diretoria do Sinfumc foi Joca Claudino, onde está havendo atraso nos salários dos servidores municipais. “Fizemos uma manifestação com carro de som e fomos até a prefeitura, onde falamos com a prefeita na presença do advogado do Sindicato. O Ministério Público deu 72h para colocar o pagamento em dia. Foi uma vitória. Eu acredito muito na luta do povo, de mãos dadas, quando estamos nas ruas unidos, sem soltar a mão de ninguém”, relatou.