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Sindicato cutista convoca para assinar manifesto contra privatização do Saneamento

Está em tramitação no Senado o Projeto de Lei (PL) 4.162/2019 que privatiza o Saneamento no Brasil e, se aprovado, pode provocar um aumento brutal das tarifas e exclusão do acesso aos serviços de água e esgoto

Publicado: 02 Junho, 2020 - 10h13

Escrito por: Elara Leite

Elara Leite
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Está em tramitação no Senado o Projeto de Lei (PL) 4.162/2019 que privatiza o Saneamento no Brasil e, se aprovado, pode provocar um aumento brutal das tarifas e exclusão do acesso aos serviços de água e esgoto da população mais pobre. O Sindiágua-PB, sindicato da base cutista no Estado, está convocando a população para protestar contra o projeto assinando um manifesto virtual nacional, disponível neste link: https://bit.ly/2TJU8xA.

Para o vice-presidente do Sindiágua-PB, Geraldo Quirino, o projeto pode impactar as populações mais pobres no Brasil inteiro, inclusive na Paraíba, onde a arrecadação da Cagepa em João Pessoa e Campina Grande subsidia os municípios menores do Estado. “Gostaríamos de pedir a todos os segmentos da sociedade paraibana, trabalhadores e trabalhadoras, que juntem-se a nós no Sindiágua para assinar o manifesto que visa sensibilizar os Senadores da bancada paraibana e do Brasil a não votar nesse projeto. As concessionárias de serviços privados do Brasil estão pressionando o Senado a votar esse projeto em caráter de urgência em plenário virtual. Esse projeto é muito ruim para a sociedade paraibana, principalmente para as populações mais carentes que moram nas periferias de João Pessoa e Campina Grande, nos grandes centros e nas cidades pequenas, visto que é a arrecadação da Cagepa de João Pessoa e Campina Grande que subsidia os pequenos municípios. A iniciativa privada jamais vai oferecer esse tipo de benefício para a sociedade paraibana”, afirmou.

Ele acrescenta ainda que, se o projeto for aprovado, também influenciará a tarifa social, que corre o risco de ser extinta. “Nós gostaríamos de reiterar esse pedido visto que a tarifa social que abrange muita gente de baixa renda no Estado também vai desaparecer. É com esse propósito que nós gostaríamos de pedir que todos os segmentos da sociedade, trabalhadores e trabalhadoras, comerciantes e empresários que assinem esse manifesto visando barrar esse projeto. Para pressionar, precisamos que todos os segmentos da sociedade assinem esse manifesto e mostrar que a sociedade não aceita essa privatização. Água é direito e não mercadoria,” concluiu.