Escrito por: Redação
Encontro aconteceu pela primeira vez desde o início do isolamento social
O presidente da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), Tião Santos, e mais alguns dirigentes sindicais da diretoria da CUT e de outros sindicatos, como o Sindiágua, participaram de reunião do Comitê de Gestão de Crise da Covid-19, com o governo do Estado da Paraíba, nesta segunda (08). O objetivo era discutir o programa de reabertura do comércio e dos setores que estão fechados por causa da pandemia do novo Coronavírus, na Paraíba.
A análise por parte dos sindicalistas é de que a reunião foi positiva, no entanto, ainda se faz necessário olhar para a retomada do comércio com muita cautela. Foi a primeira vez que os sindicalistas puderam dialogar diretamente com o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), sobre as medidas e impactos da pandemia para a classe trabalhadora.
Tião Santos, presidente da CUT
"Quanto à reunião avalio como positiva, porque foi atendido o nosso pleito que era abrir esse canal de diálogo com o governo sobre essa pauta da pandemia. Estávamos precisando deste canal de ligação entre o movimento sindical e o governo do estado. Esperamos que seja permanente", declarou Tião Santos, presidente da CUT-PB.
Uma série de preocupações e ponderações foram feitas pelos representantes dos trabalhadores, já que os dados indicam que não é um momento favorável para o retorno das atividades do comércio. "Quanto à reabertura do comércio, nos traz muitas preocupações quanto à segurança do trabalhador nesse cenário, que ainda continua crescendo o número de contaminação no estado e não sabemos sabemos se o governo vai garantir no decreto as nossas contribuições no tocante às medidas de combate à pandemia. Outra questão é que o plano apresentado pelo governo, hoje, deixa solta algumas medidas que se faz necessário nessa reabertura. Não sabemos quais serão as medidas de prevenção para os trabalhadores ambulantes, como vai ficar o decreto quanto ao tráfego dos transportes públicos. Não traz garantias de testes para os trabalhadores que irão voltar aos seus postos de trabalho.
De certa forma traz algumas inseguranças que só podemos avaliar melhor depois que tivermos acesso ao decreto. Mas esperamos que esse diálogo entre o governo e os movimentos sociais e sindical seja consistente e permanente", concluiu o presidente da CUT.
Além dessas preocupações, os sindicalistas também pontuaram a necessidade de no decreto, que ainda será publicado, fique bem clara as regras que os empregadores precisam seguir no retorno de suas atividades para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores, como a sanitização dos ambientes, a exemplo dos bancos. Além disso, também foi pontuado que é necessário que o governo também garanta às trabalhadoras e trabalhadores acesso à renda emergencial e a políticas públicas de sobrevivência, que proporcionem a eles acesso à boa alimentação e à saúde.
Fonte: Brasil de Fato PB