Seminário debate ocupação dos espaços de poder por mulheres

Mesmo em um dia de semana, em horário de trabalho, cerca de setenta pessoas participaram do Seminário O Papel Estratégico da Mulher nos Espaços de Poder, promovido pela CUT-PB nesta quinta-feira (5), no auditório do Sinttel.

A mesa de abertura teve a participação de mulheres representantes de partidos políticos de esquerda, como o PT, através da Secretária de Mulheres Zezé Bechade e da presidente do diretório de João Pessoa, Giucélia Figueiredo; PCdoB na pessoa da presidente Gregória Benário; PSB; vereadores Marcos Henriques e Sandra Marrocos, ambos do PT-PB; além da representação de Estela Bezerra, vários sindicatos e movimentos sociais a exemplo do movimento de moradia.

A dirigente nacional da CNTE, Rosilene Corrêa, abordou a maneira como as mulheres vêm se posicionando em diversas áreas e reforçou a necessidade de ocupar mais espaços de poder na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Rosilene conduziu o seminário dialogando com as participantes e com os homens sensíveis à luta das mulheres por igualdade, respeito e espaço de luta que se fizeram presentes.

Rosilene, que é da CUT-DF, observou que ainda está muito distante a igualdade nos espaços de poder, no parlamento e inclusive no movimento sindical, porque às vezes as mulheres assumem os cargos estratégicos, mas não têm poder, continuam sendo manipuladas e mandadas pelos homens porque a cultura é machista. Ela defendeu a formação tanto para mulheres quanto para homens nos espaços e nos movimentos como formação de gênero, já que a emancipação da mulher não se faz só com mulheres.

A integrante da direção cutista no DF destacou que nos parlamentos e no poder executivo o Nordeste está avançando, porque são as bancadas onde se tem mais mulheres tanto no Senado como na Câmara. Em todo o país, o Nordeste tem a única governadora.

Para Cícera Batista, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-PB, o debate foi qualificado e a atividade foi marcante. “Foi esclarecedor, fortaleceu nossas esperanças e a acima de tudo a responsabilidade de dialogar fazendo a luta. Acreditamos que nossa luta não é apenas por espaço, mas por poder e igualdade nos espaços ocupados. Com certeza o tema foi inspirador, instigante e despertou a vontade das mulheres de participar. Foi muito produtivo”, pontuou.