Roda de Conversa encerra programação da Jornada de Março do coletivo de Mulheres

  Na manhã desta quinta-feira(27), no auditório do Sintep-PB, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT Paraíba realizou uma roda de conversa alusiva à Jornada das Mulheres em março, com o tema "Ainda estamos aqui: lutando por igualdade nos espaços de poder, e pelo fim da violência contra a mulher", tendo como palestrantes a deputada estadual Cida Ramos e a Secretária de Combate ao Racismo da CUT Paraíba, Lourdes Teixeira, mediada pela Diretora de Formação da Fitratelp e ex-secretária geral da CUT-PB, Luzenira Linhares.
  O evento foi aberto pela Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraíba, Cícera Isabel, que falou sobre a importância da jornada de março como forma de manter o debate sobre pautas essenciais para as mulheres, “após o ato unificado do 8M, os sindicatos tem desenvolvido suas atividades específicas dentro dessa jornada, como forma de não termos apenas um dia pra colocar em evidência as pautas das mulheres, e hoje estamos aqui encerrando essa jornada com essa roda de conversa, destacando mais uma vez a luta das mulheres pelos espaços de poder e contra a violência”, afirmou Cícera.
  A primeira palestrante a falar foi a deputada Cida Ramos, que falou sobre o histórico e desafios da mulher trabalhadora ao longo da história, colocando a necessidade de igualdade de direitos e como conquistas foram sendo conseguidas como o passar dos anos, com muita luta e organização dos movimentos. “Em alguns momentos da nossa história, nós não tínhamos voz, não tínhamos direitos, e ainda hoje, presencio nos espaços de poder as mulheres diariamente tendo que enfrentar leões, costumo avaliar assim, pois sempre tem sua capacidade questionada ou subestimada, além de ter salários menores para os mesmos cargos e ainda uma terceira jornada, ainda mais exaustiva, no caso das mães e mulheres casadas”, alertou Cida.
  Lourdes Teixeira, Secretária de Combate ao Racismo da CUT Paraíba, destaca a questão racial, “essa mesa é de extrema importância, não só pela discussão da equidade de gênero, mas também pela questão racial, pois entram questões de combate à violência contra à mulher, presença nos espaços de poder, pois vale ressaltar que existe a invisibilidade da mulher negra nesses espaços”, afirmou Lourdes.