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Plenária pública em defesa da UFPB discute luta contra o corte no orçamento

A Plenária Pública reuniu servidores técnico-administrativos, professores e estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), organizada pelas entidades representativas dos três segmentos

Publicado: 09 Maio, 2019 - 21h39 | Última modificação: 09 Maio, 2019 - 21h47

Escrito por: Lúcia Figueiredo

Divulgação
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A Plenária Pública que reuniu servidores técnico-administrativos, professores e estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), organizada pelas entidades representativas dos três segmentos que formam a comunidade universitária, SINTESPB, ADUFPB e DCE, realizada no Centro de Vivência, nesta quarta-feira (08/05), discutiu a inviabilidade da instituição em decorrência do corte anunciado pelo Ministério da Educação de mais de 30% nas verbas orçamentárias, além das estratégias de enfrentamento aos ataques do Governo Bolsonaro à educação pública e definiu a programação conjunta para 15 de maio, próxima quarta-feira, Dia da Greve Nacional da Educação.

Mais de mil pessoas participaram da atividade, que contou também com a presença da pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento da UFPB, Elizete Ventura, parlamentares da Assembleia Legislativa, que foi representada pela deputada Cida Ramos, os vereadores de João Pessoa, Marcos Henriques, do PT, e Sandra Marrocos, do PSB, representantes das centrais sindicais e de partidos de esquerda.

Na avaliação da presidente do SINTESPB, Geralda Victor, a plenária de ontem ficará marcada na história da UFPB. “ Nossa atividade foi o grito que estava preso na garganta, na realidade, a nossa reação demonstrou que não temos medo, temos, sim, capacidade, de juntos, barrar os desmandos desse Governo. A nossa plenária foi apenas uma amostra do muito que ainda podemos lutar. Ela foi o primeiro recado, o próximo será à greve da educação e rumo à greve geral”.

A presidente do SINTESPB, em seu discurso, disse que o corte de recursos para as universidades é um “ataque criminoso contra a educação e só comprova a falta de responsabilidade do presidente da República, que, em sua opinião, é um despreparado politicamente. Sobre a declaração do ministro da Educação Weintraub de que os recursos poderiam ser liberados após a aprovação da reforma da Previdência, Geralda afirmou que os trabalhadores não vão aceitar chantagem.

O presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, também destacou em sua fala que a comunidade universitária não vai baixar a cabeça e nem irá ceder para as chantagens do governo. “Vamos defender bravamente a Democracia e a educação pública neste país”, disse ele.

Já o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Edvaldo Vasconcelos, garantiu que a sua classe vai enfrentar o governo Bolsonaro. “Bolsonaro quer parar as universidades, pois a universidade é e sempre será a maior arma contra ‘desgovernos’ ditatoriais”, declarou. Segundo Vasconcelos, o corte é só a primeira ação para privatizar as universidades brasileiras. “Mas nós vamos mostrar a ele o quanto nós somos fortes e o quanto ele errou em ter mexido com a educação”, declarou.

O encerramento da plenária, já no início da noite, foi marcado por uma caminhada pelo campus I da UFPB, seguindo até a avenida que dá acesso à universidade.

 A Greve Nacional da Educação, prevista para 15 de maio, reunirá professores, estudantes e servidores técnico-administrativos contra os sucessivos ataques do governo Bolsonaro ao setor e contra o desmonte da educação pública, de qualidade e gratuita. O dia é uma preparação para a Greve Geral dos trabalhadores e trabalhadoras, marcada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

A programação começará às 8h, no Lyceu Paraibano, em João Pessoa. No mesmo horário, extensionistas e pesquisadores estarão no Parque da Lagoa mostrando à população paraibana sua produção científica e os serviços prestados à sociedade pela universidade. Uma caminhada sairá do Lyceu, passando pela Lagoa em direção à Assembleia Legislativa, onde será realizada uma audiência pública sobre os cortes orçamentários nas instituições federais de ensino.

O objetivo é denunciar os inúmeros retrocessos, como o contingenciamento de recursos para as universidades públicas, a desqualificação da atividade docente, as tentativas de cerceamento da liberdade de expressão, o fim dos concursos públicos, os ataques à autonomia universitária, o congelamento de salários, a militarização das escolas, o Ensino Domiciliar, o projeto Escola sem Partido, a privatização e a precarização da educação com o aprofundamento das políticas de mercantilização, a tentativa de eliminar as eleições democráticas para dirigentes, entre outros fatores, além da destruição da Previdência Social prevista pela PEC 6/19.

Fonte: SintesPB