No dia Mundial do Meio Ambiente a CUT propõe ações contra o desequilíbrio ambiental
O PL da devastação propõe flexibilizações no sistema de licenciamento ambiental em pleno ano de realização da COP 30, um retrocesso institucional na gestão ambiental.
Publicado: 05 Junho, 2025 - 12h37 | Última modificação: 05 Junho, 2025 - 12h47
Escrito por: SECOM/CUTPB | Editado por: SECOM/CUTPB

Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, é importante reforçar a pressão na Câmara dos Deputados contra a aprovação o Projeto de Lei 2.159/2021, conhecido como o PL da devastação, que propõe alterações que flexibilizam o sistema de licenciamento ambiental, que em pleno ano de realização da COP 30 no país representa um retrocesso institucional na gestão ambiental.
Mudanças climáticas e desastres ambientais tem demonstrado a urgência de ações políticas para proteção e preservação do meio ambiente. Mais do que nunca é preciso ter políticas de redução de emissão de carbono, preservação das bacias hidrográficas e das áreas de floresta nativa e incentivo à produção de combustíveis verdes, que tem um processo de extração menos poluente e agressivo a natureza, a exemplo do biogás, biodiesel, Etanol, hidrogênio verde, combustíveis sintéticos e gasolina verde.
Tião Santos, presidente da CUT Paraíba ressalta que esta data é importante para destacar os desafios de preservação do meio ambiente, “é um dia de extrema importância, para os movimentos sociais e a sociedade organizada incentivar os trabalhadores e demais cidadãos a lutar pelos direitos ambientais, pois temos urgências nas ações de combate a degradação ambiental, a desertificação e ao avanço dos ataques do capital em relação ao meio ambiente, pois atualmente o que vemos são avanços sobre as áreas de preservação, sem preocupações com a sustentabilidade e a CUT vê a necessidade de reflexão e de organização da classe trabalhadora para defender os direitos sociais e ambientais no nosso país’, afirmou.
Já o Secretário de Meio Ambiente da CUT Paraíba, Ednaldo Leite Pereira, ressalta os problemas vivenciados no sertão da Paraíba, onde observa os impactos das mudanças climáticas no cotidiano do agricultura familiar, “nós convivemos aqui, com diversos problemas crônicos, como o uso abusivo de venenos pelos grandes produtores, poluindo água dos rios e o solo, queimadas nos canaviais, com diversas consequências para a vegetação e para os pequenos agricultores, áreas de desertificação, justamente pelo mal uso do solo, e paralelamente a isso sentimos falta de fiscalização dos órgãos responsáveis para conter essa degradação”, afirmou.
Mais do que comemorar, esta data propõe uma reflexão sobre os efeitos das escolhas individuais e coletivas como impacto no equilíbrio ecológico, observar padrões de consumo, formas de produção e a desorganização do crescimento urbano são aspectos que ganham força no debate, diante das consequências das mudanças climáticas, na perda de biodiversidade e na exaustão dos recursos naturais.