Escrito por: Ascom CUT-PB

No Dia do Servidor Público CUT-PB participa de ato contra a Reforma Administrativa

Durante o ato, foi distribuída à população uma carta-aberta denunciado os ataques que o governo Bolsonaro traz aos direitos da classe

Divulgação/CUT-PB
A mobilização desta quarta-feira foi a primeira de uma agenda de lutas que a CUT-PB

O Dia do Servidor foi marcado, na manhã desta quarta-feira (28), com um ato realizado no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa. A Central Única dos Trabalhadores (CUT-PB) e mais 17 entidades sindicais participaram da mobilização que teve como objetivo lutar contra a Reforma Administrativa. 

Para Tião Santos, presidente da CUT-PB, “o ato é de grande relevância e importância para resistir contra a reforma e o desmonte do estado de direito”, afirmou. Durante a mobilização, foi distribuída uma carta-aberta à população paraibana denunciando os ataques que o atual presidente da república tem realizado contra a categoria e o serviço público. “A Reforma não tira apenas o direito do servidor, mas ela acaba também com o serviço público que a população tem direito em nosso país”, disse Tião Santos. 

A mobilização desta quarta-feira foi a primeira de uma agenda de lutas que a CUT-PB e as demais Centrais Sindicais estão organizando contra a Reforma Administrativa. “Também vamos realizar um ato em Campina Grande e queremos dialogar com nossos deputados federais para que eles possam nos ajudar contra essa reforma. Só vamos parar quando conseguirmos derrubá-la”, concluiu o presidente da CUT-PB. 

Confira na íntegra a carta-aberta distribuída para a população:

A proposta da Reforma Administrativa foi apresentada no mês de setembro pelo Governo Federal. A essa, somam-se os processos de privatização das empresas públicas, que sempre deram lucros ao Estado Brasileiro (Correios, Petrobras, Eletrobrás) e, os projetos do Plano Mais Brasil (PEC 186, 187 e 188) que, mesmo antes da pandemia do Coronavírus, já previam a redução de até 25% dos salários e jornadas dos servidores. Antes disso, porém, já está em vigência os efeitos da Emenda Constitucional n.95/2016, que congela o orçamento dos serviços públicos até 2036.

A aprovação da Reforma Administrativa, na forma como se encontra, trará graves prejuízos ao serviço público, enquanto instituição, e aos servidores públicos das três esferas de atuação (federal, estadual e municipais). Apenas a elite do serviço público nacional ficará de fora desses efeitos, leia-se: os magistrados, os membros do ministério público, os militares e os parlamentares, de todas as esferas. Justamente esses que recebem os maiores salários e outros privilégios.

Para evitar o fim do serviço público nacional, a dos servidores que prestam tão importante serviço à população, principalmente, os segmentos mais carentes, faz-se necessário que a sociedade brasileira se organize e resista. Precisamos garantir que a qualidade do serviço público prestado em nosso país seja mais eficiente e abrangente, não o contrário.

Sejamos vigilantes e desconfiados de toda e qualquer propaganda oficial ou oficiosa que a base de informações falsa sustente que a Reforma Administrativa é benéfica para a sociedade. Não se deixe enganar. Querem diminuir o tamanho do serviço público no Brasil, com isso reduzir o dinheiro empregado na educação, saúde, segurança entre outras obrigações dos governos para investir no sistema financeiro nacional e internacional. Pobre, não investe. Apenas os milionários. Portanto: Contra os privilégios! Em defesa do serviço público de qualidade que atenda a todos!

NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO BOLSONARO.