Escrito por: Elara Leite
Em assembleia geral realizada na quarta-feira última (20), jornalistas discutiram os efeitos da Medida Provisória 905/2019 que visa desregulamentar pelo menos oito categorias
Em assembleia geral realizada na quarta-feira última (20), jornalistas discutiram os efeitos da Medida Provisória 905/2019 que visa desregulamentar pelo menos oito categorias, incluindo profissionais do jornalismo. Representantes do Serviço Social, que está sendo extinto no INSS por meio da MP também participaram da atividade através do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-PB). A assembleia gerla foi realizada na sede do Sinttel.
A CUT-PB foi representada pela secretária de comunicação, Lúcia Figueiredo, pela secretária da mulher trabalhadora, Luzenira Linhares e pelo secretário de formação, Tião Santos. Estão sendo afetadas pela MP diversas categorias, dentre as quais jornalistas, radialistas, publicitários, sociólogos, químicos e artistas, que estão sendo desregulamentadas.
O presidente do Sindicado dos Jornalistas, Land Seixas, relatou que essa MP mostra a disposição do governo em precarizar os direitos trabalhistas. “Precisamos nos mobilizar para mudar isso e, para isso, convocamos essa assembleia com o objetivo de discutir que estratégias vamos utilizar, incluindo a mobilização nacional proposta pela FENAJ no dia 4 de dezembro”, explicou.
Lúcia Figueiredo, vice-presidente Nordeste da FENAJ, secretária de comunicação da CUT-PB e diretora de formação do Sindicato dos Jornalistas, lembrou que o governo Bolsonaro tem o único motivo de acabar com a classe trabalhadora. “Vamos chamar todas as categorias para participar dessa mobilização. A luta agora é em defesa do registro profissional e das categorias”, conclamou.
Na opinião de Tião Santos, secretário de formação da CUT-PB, essa MP tem o efeito positivo de provocar a unidade dos trabalhadores em prol de uma luta. Para ele, é preciso exigir dos deputados a derrubada da Medida Provisória quando ela for votada no Congresso Nacional, em até 120 dias.
Entre os encaminhamentos, foi aprovada a articulação junto às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais sindicais como CUT, CTB, entre outras, partidos de esquerda e movimentos sociais para participação nas mobilizações, já que é uma MP que afeta todos os trabalhadores, direta ou indiretamente.
Outra proposta foi a de mover uma ação na Justiça para mostrar a inconstitucionalidade da matéria, bem como uma cartilha nacional e uma campanha unificada que possam ser utilizadas para compartilhamento nas redes sociais.