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Mobilização contra Reforma da Previdência continua com coleta de assinaturas

Apesar da votação do texto-base na quarta-feira última (10), a CUT-PB e demais centrais sindicais, assim como as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular seguem mobilizadas para esclarecer a população

Publicado: 11 Julho, 2019 - 13h41

Escrito por: Elara Leite

Divulgação
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Apesar da votação do texto-base na quarta-feira última (10), a CUT-PB e demais centrais sindicais, assim como as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular seguem mobilizadas para esclarecer a população sobre a retirada de direitos promovida pela Reforma da Previdência. Uma panfletagem e coleta de assinaturas para abaixo-assinado serão realizadas nesta sexta-feira (12), a partir das 15h, na Lagoa.

Para Luzenira Linhares, Secretária de Mulheres da CUT-PB, o importante é continuar mobilizados e dialogar com a população. Ela explica que todos os materiais que cada entidade vem produzindo até agora em relação à reforma da previdência serão distribuídos na coleta desta sexta (12). A atividade acompanha o calendário nacional das centrais sindicais de mobilização contra a Reforma da Previdência. Outros municípios da Paraíba também realizarão ações semelhantes.     

“A Paraíba desde o início mostrou sua força e sua garra e vamos continuar mobilizados. Mesmo com o texto-base tendo sido votado no primeiro turno, avaliamos que precisamos cada vez mais reafirmar que somos contra essa Reforma da Previdência, denunciar os parlamentares que estão votando contra o povo brasileiro e contra a classe trabalhadora, por isso vamos fazer coleta de assinaturas. Vamos continuar insistindo, dialogando com a sociedade, para esclarecer como ela é ruim para os trabalhadores”, comentou Luzenira.

O texto-base da Reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno na quarta-feira última (10), com votação expressiva de 379 votos a favor. Para o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, o sentimento é de golpe na classe trabalhadora. “Para nós é a perda de direitos, ainda mais com a vibração daqueles que foram para o Congresso prometendo defender os direitos do povo e da sociedade”, lamentou.

Em assembleia geral nesta semana, servidores da UFPB decidiram paralisar as atividades em protesto contra a Reforma da Previdência.

Balanço da votação

Se for aprovada no Senado e em segundo turno na Câmara dos Deputados sem modificações, para ter direito a 100% do benefício, o brasileiro terá que contribuir por 40 anos e se aposentar com idade mínima de 65 anos. “Milhões de trabalhadores jamais alcançarão essa quantidade de tempo. A tendência é aumentar o empobrecimento da classe trabalhadora que, na média, contribui 20 anos para o INSS. Aprovar esse texto-base foi um ataque muito forte porque a previdência é um mecanismo de distribuição de renda para os mais pobres”, ressaltou Paulo Marcelo.

Policiais e trabalhadores rurais foram algumas exceções até o momento com a aprovação do texto-base, mas a grande maioria do povo brasileiro, em sua opinião, sai perdendo com a Reforma até agora. “Tenho muita dúvida daquele grupo [de políticos] que está lá dizendo que representa os brasileiros e brasileiras. Não entendemos que aquele grupo nos representa. A partir de agora, quando explicarmos o que foi votado ali, muita gente vai ter consciência de que perdeu muito e em seis meses receber uma derrota desse tamanho é muito grave para a classe trabalhadora”, prosseguiu.

O presidente da CUT-PB acrescenta ainda que o cenário é preocupante, uma vez que em apenas seis meses de governo o texto-base da Reforma tenha sido aprovado com vitória tão expressiva, isso demonstra que a maioria no Congresso não defende os interesses dos trabalhadores. “Pelo tamanho da vitória, ficamos preocupados que qualquer coisa que vier, qualquer outra reforma que tire direitos dos trabalhadores também seja aprovada com facilidade. Lamentamos que um projeto com essa intensidade de retirada de direitos tenha sido aprovado e que não haja mais nenhum projeto para o desenvolvimento do Brasil na pauta. O que precisamos é de projetos para destravar a economia e gerar emprego, e não estamos vendo isso”, alertou.