Milhares realizam protesto pela educação e contra os desmontes do governo

Estudantes, profissionais da educação, indígenas, MST, sindicatos, associações e movimentos sociais participaram, na terça-feira última (13), do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública e Contra a Destruição das Aposentadorias, em João Pessoa e outros municípios do Estado.

De acordo com o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, o ato foi muito representativo, com milhares de pessoas nas ruas contra os desmontes promovidos pelo governo federal. Para ele, essa mobilização mostra a organização popular, tão importante diante dos projetos que vêm sendo apresentados pelo governo, como a Medida Provisória da Liberdade Econômica, que se propõe como uma solução para melhorar a economia do país, mas, na verdade, tem outros objetivos.

“Essa MP da liberdade econômica, proposta pelo governo federal supostamente para fomentar o empreendedorismo e melhorar a economia, na verdade é uma nova reforma trabalhista, que visa liberar o trabalho aos domingos sem remuneração extra e retirar outros direitos dos trabalhadores. Esse é o momento que temos que estar mais mobilizados, porque é um governo que está tentando promover os desmontes e tirar os direitos de qualquer maneira”, ressaltou o presidente da CUT-PB.

Diversos movimentos, centrais e entidades como CUT-PB, CTB, ADUFPB, Frente Brasil Popular, MST, Levante, Sintep/CNTE, Sintem-JP, ADUF, Sintesp, Sintef, UEPB e movimento estudantil participaram da atividade, dividida em alas, com carros de som e faixas de cada bandeira de luta. O ato contou com uma caminhada pelas ruas do Centro de João Pessoa e uma manifestação no Ponto de Cem Réis. Um cortejo fúnebre simbólico do projeto Future-se e da Reforma da Previdência marcou a ação. O evento foi encerrado com uma ciranda.

A Secretária de Comunicação da CUT-PB, Lúcia Figueiredo, elogiou a organização do ato. “Foi um ato muito bonito no qual a palavra de ordem era Fora Bolsonaro, que está acabando com a educação. O ato que mostrou força e a CUT colocou maior número de sindicatos, com participação marcante. Realmente o tsunami da educação aconteceu, invadindo a Lagoa e o Ponto de Cem Réis”, explicou ela.