Escrito por: Elara Leite

Milhares de pessoas protestam contra cortes na educação na Paraíba

Mais de trinta mil, só em João Pessoa, participaram das manifestações contra os cortes de verbas promovido pelo Governo Federal nas universidades públicas.

Mais de trinta mil, só em João Pessoa, participaram das manifestações contra os cortes de verbas promovido pelo Governo Federal nas universidades públicas. Outras dez mil se distribuíram pelos protestos em mais de 17 municípios paraibanos, entre os quais Campina Grande, Patos, Sousa, Rio Tinto, Monteiro, Areia, Sapé, Sumé e Cajazeiras.

Para o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, o movimento sindical, movimentos sociais e a classe estudantil tiveram uma grande surpresa, já que esse foi o maior movimento registrado no Estado desde o golpe jurídico-parlamentar de 2014. “Isso quer dizer que a sociedade acordou e não aceita o ataque que tem sido feito não só à educação, mas a outros direitos que estão sendo ameaçados. A sociedade está indo às ruas para brigar pelo direito à educação, à ciência, às cotas e a uma universidade livre e pública”, definiu Paulo Marcelo.

Na Paraíba, as escolas públicas de ensino básico e as universidades suspenderam as atividades em protesto contra os cortes na educação, classificados pelo Governo Federal como contingenciamento de verbas.

As ruas do Centro da Capital paraibana foram tomadas por pessoas de todas as idades, apoiadores do movimento contra o corte de verbas, estudantes e professores. O objetivo do protesto foi para além dos cortes de verbas na educação, promovendo uma onda de manifestações contra o desmantelamento das políticas públicas promovidos pelo Governo através de ações como a Reforma da Previdência.

A atividade na capital, que começou no Lyceu paraibano, se estendeu ao Ponto de Cem Reis, onde foi realizado o projeto Universidade na Praça – atividade de exposição de pesquisa e extensão da UFPB.

“Com certeza essa ação vai se repetir em outros momentos. Estamos sendo chamados pela UNE no dia 30 e também lembramos que no dia 14 de junho vamos realizar uma grande greve geral nesse país contra não só a reforma da previdência, mas agora contra a reforma trabalhista e por todos os direitos que estão sendo usurpados da classe trabalhadora e da sociedade em geral”, pontuou o presidente da CUT-PB.

Palavras de ordem como “Ô Bolsonaro, preste atenção, tire a mão da educação” e também de “Fora, Bolsonaro”, ecoaram em todo o Estado. Os manifestantes foram lembrados da Greve Geral, que acontecerá dia 14 de junho, no Brasil inteiro.