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Grito dos Excluídos mandou recado sobre força dos movimentos sociais

Cidades de todo o País realizaram, na última semana, a 25ª edição do Grito dos Excluídos.

Publicado: 09 Setembro, 2019 - 18h41

Escrito por: Elara Leite

Divulgação
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Cidades de todo o País realizaram, na última semana, a 25ª edição do Grito dos Excluídos. Na Paraíba não poderia ser diferente, diversos municípios com destaque para João Pessoa e Campina Grande, contaram com atos públicos e caminhadas. Em Santa Rita, forças de segurança encerraram a programação prematuramente.

Esse ano, o Grito dos Excluídos teve mais razões para acontecer, devido à agenda de cortes em políticas públicas e direitos sociais promovidas pelo Governo Bolsonaro. Vários movimentos participaram, incluindo forte presença de pessoas protestando contra o descaso a respeito da preservação do meio ambiente.

A ala sindical do ato da sexta-feira (6), em João Pessoa, com a participação da CUT-PB, lembrou que o governo está entregando as empresas nacionais para o capital estrangeiro, em uma onda privatista das empresas mais lucrativas do país. Sindicatos como o Sindiágua, Sindicato dos Correios, Sindicato dos Ferroviários, entre outros, se manifestaram sobre as privatizações em todos os âmbitos. Os servidores públicos foram representados por sindicatos de suas categorias, como o Sindicato dos Servidores Federais. A ADUF levou faixas e cartazes sobre a precarização da educação pública de nível superior. Docentes e alunos do IFPB também tiveram sua participação.Movimentos sociais ligados às pastorais lembraram a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente. O MST estava presente com a temática da terra.

O presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, observou que houve expressiva participação dos sindicatos cutistas no evento, além da juventude, que ocupou as ruas. “Esse ano houve uma boa reaproximação com a igreja católica. Muitas pastorais participando e a juventude. Houve uma participação dos jovens que eu não lembro de ter visto de ter visto com tanta força nos últimos anos. O movimento sindical pela primeira vez tinha muitas lideranças. O ato chamou atenção, saindo da Catedral. Eu pelo menos fiquei surpreso com a participação das pessoas. Muitas comunidades, pessoas que estão realmente excluídas das políticas públicas do governo federal que esteve presente protestando. Para mim esse ano marcou, não só pela conjuntura, mas pela necessidade de estar presente na rua gritando e clamando pelas políticas públicas que o governo federal tem destruído. Houve falas muito boas, várias categorias que estiveram presentes e todos por uma boca só clamando pela democracia, por emprego. O sentimento é de alegria do povo ter voltado à rua. As pessoas sentiram pelo que nós estávamos brigando ali para conquistar”, avaluou Paulo.

“Foram várias e diferentes vozes unidas num único grito de socorro e revolta contra esse governo que vem apresentando essa cultura de dependência e morte. Se nunca fomos verdadeiramente independentes, agora é que estamos mais distantes ainda de ser um país livre. Houve denúncia também contra os falsos heróis da Lava-Jato e quase toda ala levou para as ruas do centro de João Pessoa um dos mais importantes ecos do grito Lula Livre. Apesar de tantos retrocesso e injustiça que estamos vivenciando o evento foi animado, colorido e cheio de vida e resistência”, comentou a Secretária de Comunicação da CUT-PB, Lúcia Figueiredo, que também participou do ato.