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Gestão CUT-PB conclui fortalecida e respaldada por novos sindicatos

A Gestão 2019-2023 da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba, que encerrou seu mandato no final de agosto com a realização do seu 14º Congresso Estadual e a eleição de uma nova direção.

Publicado: 11 Outubro, 2023 - 18h39 | Última modificação: 11 Outubro, 2023 - 18h55

Escrito por: ASCOM/CUTPB | Editado por: ASCOM/CUTPB

ASCOM/CUTPB
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A gestão teve uma conjuntura atípica, grandes dificuldades e muitos desafios a serem enfrentados

      A Gestão 2019-2023 da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba, que encerrou seu mandato no final de agosto, com a realização do seu 14º Congresso Estadual e a eleição de uma nova direção, que reconduziu aos cargos o presidente Sebastião José dos Santos (Tião), a vice, Maria do Socorro Ramalho, entre outras Secretarias, vivenciou uma conjuntura atípica, com grandes dificuldades e muitos desafios a serem enfrentados e superados.

     O panorama desfavorável  a essa gestão começou antes mesmo do seu início, com o Golpe parlamentar de 2016, que respingou diretamente na classe trabalhadora, com os ataques aos seus direitos, provocados pelas reformas trabalhista e previdenciária. Para Tião Santos, presidente da CUT-PB, reeleito, esse clima de contrariedades foi acentuado em 2019, com as crises sem precedentes de ordem econômica, política e social, chegando a um nível de desigualdade muito elevado. “Além dessas crises, tivemos que enfrentar a crise sanitária, marco dos desafios que tivemos que superar nesses 4 anos, fruto de um Governo autoritário, de  ultradireita e inimigo do trabalhador, portanto foi nesse contexto que demos o pontapé inicial à nossa gestão, mas não esmorecemos, a luta não parou e a resistência junto com outras centrais e movimentos sociais foi a fórmula encontrada para vencer esse período perverso da história”, ressaltou .

      Tião destaca também como outro alvo de enfrentamento em seu mandato o projeto da reforma administrativa, cujo debate era apregoado pelo Governo Bolsonaro e defendido por boa parte do Congresso conservador, que vinha para consolidar o fim de todos os direitos do trabalhador do serviço público, assim como ocorreu com os ataques à CLT, e a CUT teve que mover todos os esforços para alertar e chamar os trabalhadores para as ruas na defesa dessas pautas, numa conjuntura ainda desmobilizadora em decorrência da pandemia e até da própria descrença dos próprios servidores que acreditavam não ser necessária essa luta, por acharem que seus direitos eram imexíveis.

       Ele atribui à gestão recém-encerrada como se não foi a mais difícil, mas pelo menos aquela que enfrentou os maiores obstáculos a serem superados no que diz respeito à questão do fortalecimento da democracia e da própria Central. “Com tudo isso, a gente considera que tivemos avanços significativos, através da resistência e a presença marcante de nossa central em qualquer embate onde o direito do trabalhador estivesse ameaçado seja no serviço público ou  no setor privado, enfrentando inclusive governos do campo considerado progressista”, explicou o presidente da CUT.

       Um ganho importante da gestão que ele acentua foi a volta e a filiação de novos sindicatos históricos e estratégicos para a base cutista, a exemplo dos Sindicatos das Empresas de Correios e Telégrafos, dos rodoviários, dos Técnicos em Enfermagem, “porque entenderam que a CUT tem um papel fundamental na luta dos trabalhadores e foi nossa presença e resistência que fizeram com que eles compreendessem o quanto a CUT é estratégica para a conquista dos direitos e que só fortalece os sindicatos e consequentemente a central também torna-se mais consolidada e forte. Então, só podemos avaliar que a gestão foi positiva, sempre fomos a principal referência nas grande mobilizações de rua, essa confiança depositada nos credenciou a disputar mais um mandato”, concluiu.

Luzenira Linhares analisa as ações desenvolvidas no âmbito das Secretarias e a repercussão das campanhas nacionais

       A secretária Geral da CUT-PB, da direção passada, Luzenira Linhares, que não concorreu à reeleição, também faz um balanço favorável à gestão. “Foram quatro anos de muita resistência, numa conjuntura extremamente difícil, com ataques a direitos trabalhistas e à democracia. Não bastasse isso, a pandemia do coronavirus,  que perdurou por quase toda gestão, dificultou muito o trabalho. Mas nem isso impediu que a CUT continuasse cumprindo com o seu papel de organizar e dirigir as lutas da classe trabalhadora”,  justificou.

       Ela ressalta como pontos importantes da gestão que está se encerrando o encaminhamento no âmbito do Estado de grandes temas orientados nacionalmente como a campanha pelo fora Bolsonaro, a luta por direitos, defesa da democracia, o envolvimento nas eleições gerais que elegeu um projeto  mais popular para o país e outros temas de interesse geral da classe trabalhadora e da sociedade, que estiveram na ordem do dia na agenda da CUT, “ conseguimos executar ações específicas do planejamento da gestão elaborado a partir da realidade local e das demandas e temáticas das diversas secretarias”, explicou.

       Luzenira avalia ainda como pontos positivos da gestão  a metodologia de trabalho  usada a partir de coletivos temáticos das secretarias, alguns rearticulados porque já existiam, outros articulados, a exemplo da Comunicação, Mulheres, Saúde do Trabalhador, Meio Ambiente, Formação, Juventude dentre outros, “ foi importante para a aproximação dos sindicatos, a sensibilização com relação às pautas das secretarias e para qualificar a intervenção e representação dos dirigentes nos diversos espaços de atuação, principalmente nas suas respectivas bases. O resultado não podia ser outro, o trabalho foi coroado com um congresso representativo, participativo, qualificado e com muito entusiasmo para os desafios nesses próximos quatro anos”,  finalizou a secretária geral da CUT-PB, gestão2019/2023 e coordenadora do 14º CECUT-PB.