Movimento aconteceu durante visita do presidente ao Sertão da Paraíba
Em um momento de ataques ao trabalhador e trabalhadora, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), junto com outras frentes de luta, foi até Coremas, no sertão do estado, para um ato de protesto, durante visita do presidente Jair Bolsonaro à cidade. O ato é um dos primeiros passos do movimento “Fora Bolsonaro” na Paraíba.
De acordo com Tião Santos, presidente da CUT-PB, Bolsonaro não é bem-vindo ao estado. “Esse ato mostra a unidade do movimento ‘Fora Bolsonaro’. Mostramos que não queremos Bolsonaro na Paraíba e que a campanha contrária a ele está fortalecida no estado. Só através da unidade, vamos conseguir derrubar esse governo”, afirmou.
Durante o evento, Bolsonaro, contraditoriamente, afirmou que o Brasil ‘está de parabéns’ pela forma que combate as agressões contra o meio ambiente, enquanto a realidade prova o contrário, o Pantanal queima e inúmeros animais perdem suas vidas, constantemente. A visita do presidente à Paraíba acontece enquanto o governo federal busca desmontar o serviço público no Brasil, com a reforma administrativa.
Tião avaliou que o ato foi positivo e atendeu às suas expectativas. “Mandamos as nossas mensagens através dos cartazes e faixas. Ficamos numa posição estratégica, onde a caravana do presidente e as pessoas passaram, em frente aos Correios. Conseguimos transmitir a nossa mensagem que, entre outras, é de apoio aos companheiros dos Correios, que estão em greve”, disse.
Desde 18 de agosto, os funcionários da estatal estão em greve, após diversas tentativas do governo federal de ataques à classe. Os trabalhadores e trabalhadores dos Correios perderam diversos direitos, como vale alimentação no período de férias, 30% do adicional de risco, licença maternidade por 180 dias, auxílio creche, auxílio para filhos com necessidades especiais e os anuênios.
Segundo Tião, a presença de trabalhadores e trabalhadores de outros estados foi positiva e que a resistência irá continuar. “Enquanto este governo estiver nos atacando e desmontando o estado de direito, estaremos na rua. Essa é a mensagem da CUT: enquanto o governo Bolsonaro existir, vamos resistir”, concluiu.