Efeito das alterações climáticas na saúde do trabalhador é pauta de debate no MTE/PB
Alterações climáticas extremas tem afetado a saúde dos trabalhadores
Publicado: 31 Janeiro, 2024 - 11h17 | Última modificação: 31 Janeiro, 2024 - 11h35
Escrito por: ASCOM/CUTPB | Editado por: ASCOM/CUTPB
CUT participa de debate com o Ministério do Trabalho sobre efeitos das alterações climáticas na saúde dos trabalhadores/as
Na tarde desta segunda-feira (29), a Central Única dos Trabalhadores participou de reunião na Superintendência Regional do Ministério do trabalho e Emprego na Paraíba, para debater junto com sindicatos, pesquisadores e fiscais do trabalho, os efeitos das alterações climáticas na saúde dos trabalhadores/as que executam funções externas, a exemplo de carteiros, agentes de limpeza urbana, construção civil, funcionários de empresas de telecomunicação, entre outros.
O debate contou com a presença do Superintendente do MTE na Paraíba, Paulo Marcelo, que afirmou que este é um debate importante para o momento e que o MTE acolhe esta discussão, “precisamos nos aprofundar nesse debate sobre os efeitos, dados sobre o número de trabalhadores/as afetados, índices de temperatura nos locais de trabalho, necessitamos ouvir os trabalhadores para que possamos encontrar caminhos que possam prevenir e resguardar estas categorias”, avaliou.
Primeiro debate
Para o Secretário geral da CUT Paraíba, Tony Sérgio, que também é sindicato dos trabalhadores/as dos Correios e foi dos que sugeriu a realização da audiência com o MTE,” este é um primeiro passo, para que possamos discutir e avançar nos encaminhamentos, como reativar os conselhos de saúde do trabalhador, realizar seminários técnicos com participação dos auditores fiscais do trabalho, para que possa entender o que podemos dialogar com as empresas para resguardar os trabalhadores/as desses efeitos”.
Estudos e pesquisas
Priscila Leal, pesquisadora e sindicalista – SINTPq, acredita que os avanços virão de um aprofundamento de estudo sobre as normativas existentes, para entender o cenário, “é necessário entender se o que já temos em termos de normas e resoluções é suficiente para que sejam feitas negociações e cobranças junto às empresas e para que os fiscais do trabalho possam fiscalizar cobrar essas ações por parte das empresas”.
Avanços
Durante a reunião foram discutidos alguns exemplos de pequenos avanços no setor, como citou Marta Sena SINTTEL-PB, em que negociou apoio de hidratação para os trabalhadores, que agora saem da empresa com garrafas térmicas para executar suas funções, e sugestões como mudança para um horário mais adequado na jornada de trabalho, em que houvesse uma incidência menor de sol e altas temperaturas, pois foram citados casos de câncer de pele, problemas respiratórios, entre outros, que tem atingido de forma intensa os trabalhadores/as, sem direito à exames de avaliação e prevenção feitos de forma digna e correta. “Precisamos reativar nos sindicatos estas discussões sobre a saúde do trabalhador, com as alterações climáticas que estamos vivenciando, esta é uma pauta urgente para muitas categorias”, concluiu Tony Sérgio, dirigente Cutista.