Escrito por: Elara Leite

Dirigentes da CUT-PB definem planejamento para gestão

Durante o último final de semana, a diretoria executiva e dirigentes estaduais da CUT-PB reuniram-se, na sede do Sindicato dos Jornalistas, para discutir e definir estratégias para a gestão

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Durante o último final de semana, a diretoria executiva e dirigentes estaduais da CUT-PB reuniram-se, na sede do Sindicato dos Jornalistas, para discutir e definir estratégias para a gestão. A atividade teve como facilitador o assessor da Secretaria para Assuntos Educacionais do SINTEPE (PE), Danilson Pinto.

                A sistemática incluiu, além da definição de metas e objetivos da central na Paraíba, momentos de diálogo e formação sobre a conjuntura nacional e internacional, bem como o futuro dos sindicatos e a importância da atuação dos dirigentes.

Para Danilson, a realização da atividade foi uma atitude corajosa da CUT-PB para fazer o enfrentamento das dificuldades que o país vem enfrentando. “Estamos vivendo uma conjuntura de desmonte do Estado, de privatização das empresas públicas, de um alto índice de desemprego, de mudança das relações de trabalho entre tantas outras como o desmonte da reforma da previdência e dos direitos trabalhistas. Tenho certeza de que o planejamento será uma grande arma para o enfrentamento de todas as dificuldades que a classe trabalhadora passa no país. Avante, à luta!”, conclamou Danilson.

Todos os Secretários e boa parte dos diretores estaduais participaram da atividade, que contribuiu para a consistência dos debates e elaboração de encaminhamentos que condizem com a realidade da central em todo o Estado.

De acordo com o presidente da CUT-PB, Tião Santos, o planejamento foi positivo para traçar a linha de trabalho da central, com a participação de todos. “Temos um norte para seguir, para trabalhar na linha estratégica que é o trabalho de base e qualificar os dirigentes cada vez mais”, pontuou Tião.

Quatro eixos principais foram definidos como prioritários durante a atividade: comunicação, formação, organização e finanças. A partir deles foram definidos objetivos e metas específicos que perpassam todas as pastas da CUT na Paraíba.

“Acreditamos que a comunicação é fundamental para a classe trabalhadora, por isso precisamos fortalecer e melhorar. A formação é a base da classe trabalhadora. Através dela qualificamos o debate, multiplicamos isso em toda a base da CUT e consequentemente há um fortalecimento. A organização porque precisamos fazer o enfrentamento. E finanças, também muito importante. Esses eixos que foram elencados vão realmente fortalecer o movimento sindical e dar o norte para que possamos atuar no dia a dia nessa conjuntura. Agora é colocar em pauta, em prática, tudo o que foi discutido”, explicou o presidente da CUT-PB.

A tesoureira da CUT-PB, Magali Pontes, acredita que o planejamento cumpriu seu objetivo de compreender coletivamente a conjuntura e seus desafios, além de debater a estrutura interna da central no Estado. Segundo ela, a CUT tem o importante papel de organizar a classe trabalhadora e o planejamento aponta diretrizes para isso. “Nós precisamos colocar agora em prática esses encaminhamentos que vão de organização interna da própria central, suas secretarias, retomar um diálogo permanente e de organização com nossas bases, buscar parcerias com outros setores e que estão em luta, agregar com sindicatos não cutistas e movimentos sociais. Enfim, a CUT chama para si a responsabilidade de ser um elo importante na resistência frente a esse desmonte do Estado brasileiro e fazer valer os seus princípios de central única dos trabalhadores que é ser um farol na organização e no direcionamento das lutas da classe trabalhadora”, pontuou Magali.

A dirigente acrescenta que a CUT-PB tem o papel de construir, de estar presente, chamar e dialogar com os trabalhadores diante do processo de desmonte que está em curso no país com as mais diversas categorias e setores. “Vem aí os processos da famigerada reforma da previdência nos Estados e Municípios, a retirada dos direitos da maioria dos trabalhadores e estamos juntos organizando os trabalhadores. Tem muitos pontos que podem ser amenizados no sentido da não retirada de direitos dos trabalhadores. Acho que a CUT tem um papel de protagonismo nesse processo e saímos do planejamento com essa clareza. A central única dos trabalhadores está firme, de pé e fará seu papel de enfrentamento e resistência nessa conjuntura tão adversa e tão ruim para a classe trabalhadora”, concluiu.

Reuniões preparatórias dos coletivos

                Nas duas semanas anteriores ao planejamento estratégico, coletivos da CUT-PB e Secretarias da CUT-PB realizaram reuniões para preparar suas propostas ao planejamento estratégico. Dois dos coletivos que se reuniram, além das demais pastas, foram o de formação e juventude, por exemplo, que se reuniram para alinhar as rotinas da nova gestão e definir os principais pontos que seriam apresentados no planejamento estratégico.

Essas reuniões foram essenciais para definir as ações de cada pasta e estabelecer diretrizes para a CUT de maneira geral. Para Jéssica Andrade, secretária da juventude, essa primeira reunião foi algo essencial para o andamento da secretaria, com a elaboração de metas e estratégias para organizar a juventude cutista no Estado.

                Em relação ao coletivo de formação da CUT-PB, que também realizou reunião preparatória, foram definidas diretrizes para a pasta como a construção da unidade, fortalecer o coletivo com a juventude, mulheres e comunicação, para integrar todos.

“Surgiram várias ideias como Seminários de Formação, ORSB para a juventude rural e para a juventude cutista no geral, a conclusão de alguns cursos como gestão sindical, oficinas sobre mídias sociais, cursos sobre formação política, formação financeira, como os sindicatos fazerem a auto sustentação, formação plural, para as mulheres como recorte de gênero, a questão de seminários com trocas de experiências, etc. Foi muito significativo para a pasta de Formação,” comentou a secretária de formação da CUT-PB, Patrícia Macário.