Rogério Braz/CUT-PB
Presidente da CUT-PB, Tião Santos, participou do ato em defesa dos Correios
Em ato público realizado na manhã desta sexta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB), com apoio da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), reforçou ser contra a privatização dos Correios e a perda de direitos por trabalhadores e reivindica condições mais seguras de trabalho durante a pandemia da Covid-19. Para Tião Santos, presidente da CUT-PB, a luta que se iniciou com a greve e continuou com o ato, não é apenas dos funcionários dos Correios. "A luta é uma pauta de todos os trabalhadores, principalmente os servidores públicos, que estão na mira do governo Bolsonaro, que ataca e tira os direitos dos servidores. O objetivo do governo é extinguir os serviços públicos e privatizar tudo. A CUT vai continuar resistindo na luta dos companheiros. Com a união dos trabalhadores, venceremos", afirmou.
Ascom CUT-PBFuncionários dos Correios dizem não à privatização
Vale alimentação no período de férias, 30% do adicional de risco, licença maternidade por 180 dias, auxílio creche, auxílio para filhos com necessidades especiais e os anuênios são alguns dos direitos perdidos pelos trabalhadores. De acordo com Tony Sérgio, secretário-geral do Sintect-PB, empregos seriam perdidos e a população prejudicada com uma possível privatização. “Estamos em greve para manter a empresa pública, pois, com a privatização, apenas os 324 municípios do Brasil que dão lucro à empresa devem ser atendidos pelos Correios, deixando o resto do país sem serviço nenhum. Além disso, agências seriam fechadas e milhares de trabalhadores ficariam sem emprego”, afirmou. O ato, que aconteceu no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa, contou com a presença de diversos outros sindicatos, como o Sindicato dos Bancários e dos Comerciários, que reforçam a luta dos trabalhadores e trabalhadoras grevistas por melhores condições de trabalho. A Secretária de Finanças da CUT-PB, Magali Pontes, disse que "o dia de hoje foi muito importante para a luta por uma pauta mais justa aos trabalhadores". Para ela, o ato de hoje abre um cenário de perspectivas de lutas futuras dos trabalhadores. "Estamos vivendo um desmonte dos direitos dos trabalhadores. A luta de hoje inicia um processo que tende a se intensificar e é um chamado para que todos os trabalhadores se façam presentes", concluiu.
A greve
Na última terça-feira (18), o Sintect-PB seguiu a decisão da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) e deflagrou greve por tempo indeterminado em toda a Paraíba. Em carta aberta à população, o Sintect-PB afirmou que a greve se faz necessária diante da retirada de direitos e negligência com a saúde dos funcionários durante a pandemia da Covid-19, e que os Correios não aceitaram negociar com os trabalhadores, não apresentando nenhuma contraproposta à pauta de negociações enviada pela categoria.