Escrito por: Ascom CUT-PB
Central continuará apoiando atos como o da última sexta-feira
A Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) mantém o seu apoio à greve deflagrada nacionalmente e acompanhada na Paraíba pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB). A paralisação, iniciada em 18 de agosto, luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a privatização da estatal.
A CUT-PB esteve presente no ato realizado pelo Sintect-PB, na última sexta-feira (11), em Santa Rita. Para Tião Santos, presidente da CUT-PB, o ato demonstra o fortalecimento da categoria. “O movimento está forte e unido aqui na Paraíba. A CUT-PB está presente no movimento, buscando fortalecer ainda mais a luta ostrabalhadores e mostrar para a sociedade que a luta também é dela, mostrando a importância dos Correios em todos os municípios”, afirmou.
De acordo com os trabalhadores e trabalhadoras em greve, o governo Bolsonaro tem o objetivo de privatizar os Correios, o que acarretaria em perda de empregos e prejuízo na prestação de serviço, já que apenas 324 unicípios contariam com o serviço dos Correios após a privatização. Segundo Tião, a união do movimento no estado mostra que a categoria sairá com a vitória nesta luta. “Um desafio nosso é manter a união para fortalecer o movimento. O ato foi positivo, pois muitos trabalhadores estavam presentes, vendo a necessidade de unificação para combater os desmanches do governo”, disse.
A greve
Em 18 de agosto, o Sintect-PB seguiu a decisão da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) e deflagrou greve por tempo indeterminado em toda a Paraíba. Em carta aberta à população, o Sintect-PB afirmou que a greve se faz necessária diante da retirada de direitos e negligência com a saúde dos funcionários durante a pandemia da Covid-19. Os Correios não aceitaram negociar com os trabalhadores, não apresentando nenhuma contraproposta à pauta de negociações enviada pela categoria.
Além da tentativa de privatização do serviço, trazendo um grande prejuízo à população, os trabalhadores e trabalhadoras perderam direitos, como vale alimentação no período de férias, 30% do adicional de risco, licença maternidade por 180 dias, auxílio creche, auxílio para filhos com necessidades especiais e os anuênios.