CUT-PB realiza seminário de avaliação e programa plenária para a próxima semana
No último sábado (29), a CUT-PB realizou um Seminário de Avaliação da greve na Granja do Sintricon, em Santa Rita.
Publicado: 01 Julho, 2019 - 12h08
Escrito por: Elara Leite
No último sábado (29), a CUT-PB realizou um Seminário de Avaliação da greve na Granja do Sintricon, em Santa Rita. Sindicatos cutistas, representações da ADUFPB, Frente Brasil Popular, Povo sem Medo e outros movimentos sociais participaram da atividade.
A abertura do evento foi realizada pelo presidente CUT-PB, Paulo Marcelo, que lembrou a importância de continuar a mobilização contra a Reforma da Previdência e pela retomada do crescimento do país. “Além de todos os movimentos e toda a sociedade estarem sofrendo ataques, nós não vislumbramos até agora nenhum projeto que tenha a ver com a diminuição do desemprego e a estruturação do país”, lamentou.
Em seguida, o historiador e professor universitário Flávio Lúcio realizou uma análise de conjuntura sobre os 6 meses do Governo Bolsonaro, o cenário econômico mundial e brasileiro desde a era Collor, FHC e os governos democráticos populares de Lula e Dilma. Em sua avaliação da conjuntura econômica, ele destacou a crise do capitalismo no começo dos anos 2000 e afirmou que o mundo está em crise de hegemonia.
Sobre a conjuntura político-econômica do Brasil na atualidade, Flávio Lúcio ressaltou que o projeto político do Governo Bolsonaro é de destruição total do Estado brasileiro e que a reforma da previdência está sendo usada para desviar a entrega do Brasil aos Estados Unidos. “O fim da seguridade social coloca o país num futuro sem perspectivas, a cada dia sendo empurrado para o buraco”, observou.
Para o enfrentamento, o professor universitário pontuou a necessidade de uma agenda desenvolvimentista de recomposição das bases da economia, lutar para colocar o país como centro democrático e investir na defesa do nacionalismo. Ele aconselhou também que os movimentos de resistência procurem se mobilizar em torno de pautas que unifiquem as esquerdas, o campo progressista e a sociedade.
Os participantes reuniram-se em dois grupos para discutir com base no que foi apresentado pelo professor Flávio Lúcio e responder como sua categoria, organização e movimento enfrentaram os seis meses do Governo e quais os desafios daqui para frente.
Ao final, os grupos apresentaram seus relatórios sobre os últimos meses, de muita resistência, com atos de protesto e enfrentamento, destacando a participação e a volta dos estudantes às ruas. A avaliação positiva da greve geral foi unânime. Para os próximos passos, foi consensuado que a luta deverá ser permanente, por isso as centrais sindicais já estão indicando o dia 12 de julho outra grande mobilização contra a Reforma da Previdência.
Uma plenária está agendada para 8 de julho às 17h, no SINTEP, com as centrais e movimentos sociais, para organizar a próxima mobilização.