CUT-PB participa de ato em apoio aos Trabalhadores de Telecomunicações
O SINTTEL realizou uma paralisação nesta quinta-feira (13) em frente a empresa LIQ, o objetivo foi reivindicar os salários atrasados da categoria
Publicado: 14 Maio, 2021 - 09h12
Escrito por: Ascom CUT-PB

A Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) participou de ato, realizado nesta quinta-feira (13), em apoio ao Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINTTEL). A categoria realizou uma paralisação de advertência das 08h às 14h em frente LIQ. em João Pessoa, empresa de telemarketing, responsável pela operação das empresas Latam, Rappi, Abril, Santander e Oi.
Desde o último dia 7 de maio, que é o quinto dia útil do mês, data em que deveriam receber os salários referentes a abril, os atendentes estão sem receber dinheiro. Essa é uma situação recorrente para os funcionários dessa empresa de telemarketing. Na manhã desta quarta (12), os atendentes também cruzaram os braços.
O presidente da CUT-PB, Tião Santos, esteve na mobilização e afirmou o compromisso em defender os direitos trabalhistas da categoria. “Os atendentes de telemarketing já vivem em uma situação de trabalho bastante precarizada, imagina sem receber seus salários, é um absurdo. Estamos aqui para lutar sim pelo o direito do trabalhador e da trabalhadora”, afirmou.
Casos como atraso de salários e falta de pagamento de férias e rescisão de contrato de trabalho são comuns para essa categoria. Os relatos dos trabalhadores da LIQ sempre envolvem medo do desemprego e pressão dos dirigentes para que se batam as metas, no entanto, direitos trabalhistas mínimos não são cumpridos.
"A empresa está pagando as passagens em valores diários. Ou seja, a empresa coloca na nossa conta um valor referente a quantidade de 4 passagens, são dois dias de ida e volta. Porém, a maioria das pessoas possue uma conta gerada pela própria empresa, que se chama a superdigital, que é do Santander. Temos direitos a 3 saques, junto com transferência, sem custos. E depois dessas 3 utilizações, é cobrado um valor de R$ 5 e pouco por cada transferência e saque. Muitas pessoas deixam de vir trabalhar por falta dessa passagem, pois não compensa fazer o saque para colocar o crédito no cartão de passagem. Ou acabam tirando do próprio bolso. Coordenadores falam sempre que estão alinhando para resolver isso mas nunca resolvem, isso desde o início da pandemia", relata um dos funcionários que pediu para não ser identificado.
Procuramos a LIQ para explicar essa situação recorrente, mas não obtivemos respostas até o momento. Os funcionários seguem mobilizados e reivindicando a resolução de seus problemas trabalhistas.
Com informações do Brasil de Fato.