Escrito por: Elara Leite
O dia de São Pedro, neste sábado (29), contará com uma atividade de avaliação da greve geral, na granja do Sintricom-PB, promovida pela CUT-PB e Frente Brasil Popular.
O dia de São Pedro, neste sábado (29), contará com uma atividade de avaliação da greve geral, na granja do Sintricom-PB, promovida pela CUT-PB e Frente Brasil Popular. Os participantes terão a manhã de discussões e sistematização de atividades para o próximo semestre. Em seguida, terão uma tarde de forró e confraternização da militância.
O presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, esclarece que não é pelo dia de São Pedro que a atividade será realizada, mas também pelo simbolismo de que neste sábado o governo Bolsonaro completa seis meses de inércia no país. “Além de todos os movimentos e toda a sociedade estarem sofrendo ataques, nós não vislumbramos até agora nenhum projeto que tenha a ver com a diminuição do desemprego e a estruturação do país”, lamentou o sindicalista.
De acordo com Paulo Marcelo, a discreta melhora nos números do desemprego na verdade está acontecendo porque o governo não está levando em consideração o número de subempregados, ou seja, pessoas na informalidade, assim como o número de pessoas que desistiram de procurar emprego. Por isso, os números do desemprego melhoram, mas não se trata, segundo ele, de uma melhora que reflete a realidade, mas da maneira como se interpreta os dados. De acordo com o Caged, em todo país, durante o mês de maio, foram criados apenas 32 mil postos de trabalho, pior resultado para esse mês desde 2016. Enquanto isso, foram fechados mais de 70 mil postos de trabalho.
“O governo não apresentou nenhuma alternativa ainda para girar o motor da economia, que está parado com os cortes que estão havendo nas politicas públicas de educação e saúde. Não se vê grande investimento na segurança e é isso que vamos avaliar com a militância, inclusive já pensando em quais serão os próximos passos”, adiantou Paulo.
No entanto, o presidente da CUT-PB pontua como saldo positivo as manifestações que aconteceram desde o mês de maio (1º/05, 15/05, 30/05 e 14/06). “Coisas importantes aconteceram, uma unidade muito forte dos professores com a classe trabalhadora e com os demais movimentos foi fortalecida desde maio até aqui. Isso tudo é muito positivo e vale a pena sentar e avaliar a continuidade dessa conversa com os movimentos. Vamos sair dessa atividade com uma sistematização do que nós vivemos nesses últimos seis meses para servir de base para o que vamos fazer daqui para a frente”, acrescentou.
Paulo Marcelo ainda apontou que há uma mudança de percepção das pessoas no que se refere ao governo, levando aos crescentes níveis de desaprovação do atual governo, que atualmente está em 32%, de acordo com a mais recente pesquisa Ibope. “Antes de votar, a população diz os pontos que mais a afeta. E o que se vê é que segurança, educação, saúde, moradia, alguns dos principais problemas apontados pela sociedade nas eleições, não tem políticas públicas elaboradas. O que se vê é o contrário. Os ministros são o maior desastre. Nosso sentimento é esse desgaste que está ocorrendo está fazendo cair a ficha das pessoas. A sociedade começa a tomar consciência que o governo é um desastre. A pesquisa reflete exatamente aquilo que está acontecendo, que é nada. Esse governo não tem nada para apresentar para ninguém”, concluiu.