Escrito por: Ascom CUT-PB

CUT-PB participa de reunião com Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da PB

A Emlur também participou da reunião que teve como objetivo cobrar os direitos trabalhistas para a classe trabalhadora

Divulgação/CUTPB
A CUT-PB cobrou que todos os direitos trabalhistas fossem garantidos.

A Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) se reuniu com o Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da Paraíba (SindLimp-PB) e com a Autarquia de Limpeza Urbana de João Pessoa (Emlur), buscando garantir os pagamentos e direitos trabalhistas dos trabalhadores e trabalhadoras das três empresas que tiveram seus contratos rescindidos pela prefeitura de João Pessoa na última terça-feira (30).

A CUT-PB foi representada pelo seu presidente, Tião Santos. A reunião aconteceu na sede da Emlur, na manhã desta quarta-feira (31). De acordo com Tião, ao ouvir os trabalhadores, a principal angústia que existia era em relação aos salários. “Nós ouvimos os trabalhadores de todas as empresas, desde cedinho. Em todas, a angústia era a mesma. Ninguém sabia de muita coisa sobre a rescisão, gerando incerteza neles, já que as empresas falavam que não tinham dinheiro, uma vez que a Emlur não iria fazer o pagamento a elas”, afirmou.

Na reunião com a Emlur, a CUT-PB cobrou que todos os direitos trabalhistas fossem garantidos aos trabalhadores e trabalhadoras da limpeza urbana. “O superintendente nos recebeu muito bem e ouviu a nossa demanda. Ele se comprometeu que vai se responsabilizar pelo pagamento dos trabalhadores que não receberem salários das empresas”, disse Tião.

Com a participação do presidente do SindLimp-PB, Radamés Cândido, ele reafirmou a importância dos trabalhadores para a sociedade. “Debaixo de sol ou de chuva, nós é que garantimos a limpeza e a saúde pública da nossa Capital. Os agentes de limpeza não tiveram nem terão quarentena, não pararam um dia sequer nesta pandemia. Não podemos jogar milhares de famílias humildes na incerteza do desemprego", afirmou.

O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, reafirmou o compromisso. “Queremos garantir o pagamento aos trabalhadores e poderemos fazê-lo diretamente, caso as empresas contratadas se neguem a cumprir com o pagamento das obrigações trabalhistas”, afirmou Ricardo, em entrevista à Assessoria de Comunicação da PMJP.

“O superintendente nos informou que está sendo feito um contrato emergencial com outras três empresas. Ele se comprometeu a realocar esses trabalhadores das empresas atuais, mantendo os trabalhadores nas novas empresas”, disse Tião. Ainda de acordo com Tião, uma nova audiência deve acontecer para formalizar os compromissos. “Ele vai articular, ainda essa semana, uma reunião com o Ministério Público para que seja feito um Termo de Ajustamento de Conduta, garantindo o compromisso de pagar os funcionários, caso as empresas não paguem”, concluiu.

A Emlur argumenta que as empresas não estão cumprindo contratos feitos com a prefeitura de João Pessoa, por falta de máquinas, deixando de realizar 5% dos serviços necessários. O governo municipal resolveu, então, rescindir os contratos com as empresas. As três empresas negam e afirmam que vão questionar a decisão da prefeitura na Justiça.