Escrito por: Elara Leite
Uma plataforma nacional com propostas em defesa da vida, do trabalho, da renda, da saúde, da soberania alimentar e da moradia foi lançada pela CUT Nacional nesta terça-feira (16)
Uma plataforma nacional com propostas em defesa da vida, do trabalho, da renda, da saúde, da soberania alimentar e da moradia foi lançada pela CUT Nacional nesta terça-feira (16) e está sendo divulgada pela CUT-PB, assim como pelas centrais de todos os Estados.
O documento, dividido por eixos, aborda a proteção à vida, ao emprego, à renda e à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras e vem sendo dialogado desde março com as centrais sindicais. Outro tema importante é a plataforma emergencial para o enfrentamento da pandemia e da crise, construída com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Além disso, a CUT também tem apoiado a plataforma emergencial do campo, da floresta e das águas, em defesa da vida e para o enfrentamento da fome e da pandemia.
Luzenira Linhares, secretária-geral da CUT-PB, lembrou que há ainda a carta aberta à sociedade brasileira do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento que também está nessa construção com outros parceiros de luta.
O eixo de proteção da vida e da saúde para todos enfatiza e reafirma a importância do SUS como instrumento de promoção da saúde e de cuidados. Além disso, traz a defesa também de equipamentos de proteção individual e coletivo adequados aos profissionais da saúde e que esses equipamentos contemplem todas as regiões do país.
Também consta nessa plataforma a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim desse estado de calamidade pública. “Sabemos que não foi vontade do governo, mas uma reivindicação principalmente do movimento sindical, defendido pelos partidos de esquerda e foi uma conquista, mas sabemos que infelizmente muitas pessoas não tiveram acesso, ou seja, não está chegando na ponta. As pessoas que precisam mais, o benefício tem o objetivo de atender essas populações estão em situação de vulnerabilidade, mas sabemos que não atende todo mundo. Sabemos que pessoas em vulnerabilidade social não tiveram acesso a esse benefício”, lamentou Luzenira.
A ampliação de parcelas do seguro-desemprego até o final do estado de calamidade pública foi incluída nessa plataforma. “Entendemos que todos os trabalhadores e trabalhadoras estão desempregados ou sofreram ajustes ou suspensão nos seus contratos de trabalho. Sabemos que o seguro-desemprego é uma forma de proteger essa camada da sociedade, que é a classe trabalhadora nesse momento”, acrescentou.
Mais um item defendido pela CUT é a proteção às micro e pequenas empresas com linhas de crédito, para que elas possam sobreviver nesse momento de crise; ampliação da assistência técnica e desenvolvimento de políticas públicas de assistência para o processo de comercialização principalmente online.
“A CUT tem trabalhado muito, organizado e reunido os sindicatos, junto com as centrais sindicais e as frentes e tem pensado e construído esses planos ao longo desse período. Nunca foram tão intensos os exercícios e esforços para fortalecer a organização trabalhadora através dos sindicatos, por isso orientamos os sindicatos a realizarem a divulgação ampla dessa plataforma construída com muito esforço a partir da realidade apresentada de cada região do país”, convocou a secretária-geral da CUT-PB.
Luzenira conclui que as iniciativas do Executivo são muito limitadas diante do tamanho da crise e “não chegam nem perto de resolver os problemas”. Para ela, muitos sequer tiveram acesso ao auxílio emergencial e o governo segue implementando ataques à classe trabalhadora. “As propostas do governo que poderiam servir como meios para atender às necessidades nesse momento de crise seguem retirando direitos trabalhistas com todas essas MPs. Por isso a necessidade cada vez mais da classe trabalhadora se organizar e se fortalecer”, finalizou.