Escrito por: Elara Leite e Izabelle Almeida

Coletivo de Mulheres da CUT-PB discute violência contra a mulher em reunião virtual

O Coletivo de Mulheres da CUT-PB, realizou na última sexta-feira (17), uma reunião e palestra com o tema “Impactos da pandemia na vida das mulheres”

Izabelle Almeida

O Coletivo de Mulheres da CUT-PB, realizou na última sexta-feira (17), uma reunião e palestra com o tema “Impactos da pandemia na vida das mulheres”, resultou em algumas propostas e encaminhamentos para o combate da violência doméstica e o feminicídio.

A reunião contou com a participação de Juneia Batista, secretária da pasta de mulheres da CUT Nacional e houve representatividade de dirigentes da pasta de vários sindicatos CUTistas do litoral ao sertão da Paraíba para representar e dialogar sobre as suas vivências e perspectivas sobre a temática.

Durante a pandemia, a violência doméstica e o feminicídio obteve aumento de 40% a mais do que em 2019 (no cenário sem a COVID-19), segundo o relatório de denúncias do Ligue 180. Na reunião, o Coletivo de Mulheres, afirmou que os casos de violência contra a mulher apenas aumentam a cada dia e que por isso é preciso haver união e movimentação maior para esse combate pois os mecanismos que existem não estão sendo eficazes atualmente.

Juneia Batista sugere um Encontro Regional das Mulheres para discutir a realidade virtual e comenta que é necessária maior organização das mulheres para continuar o empoderamento feminino com cursos à distância (EAD). “É importante a apropriação das ferramentas online para realizar trabalhos valiosos e a luta ascender, permitindo, dessa forma, a inclusão de pautas contra o sistema patriarcal e machista que vivenciamos no dia a dia”, comentou Juneia.

O Coletivo de Mulheres também comentou a respeito de ações que a ONU vem promovendo na luta contra a violência da mulher e estão se organizando para realizar um documento para entregar à comissão de direitos humanos da ONU sobre a escalada da violência contra a mulher.
“É impressionante o nível de violência e desrespeito que o governo vem tratando os trabalhadores e trabalhadoras, mas principalmente lá na base da pirâmide, a mulher negra, com a dificuldade de acessar o auxílio emergencial. É um país que não respeita o seu povo de maneira nenhuma”, comenta Juneia Batista.

O Coletivo de Mulheres ressaltou que o Brasil vetou, junto com países do Oriente Médio, o projeto de eliminar todas as formas de discriminação contra mulheres, sugerindo a garantia de acesso universal à educação sexual.
A reunião, ao final, constou com propostas essenciais para aprimorar as políticas públicas para as mulheres, promovendo eventos para discutir essa pauta. Entre as propostas aprovadas, está o resgate do calendário das conferências e definir uma grande formação de debates e um seminário sobre a “Saúde das mulheres”. A intenção é promover reuniões e palestras à noite para facilitar o acesso de todas as mulheres interessadas no assunto.
“Reunir o Coletivo é expressar os lados. A luta se faz necessária, precisamos estar organizadas para enfrentar desafios e nos firmarmos em defesa da luta e das nossas bandeiras, somos a maioria no sistema produtivo. Foi válido e positivo, haverá outra reunião para tomar novos rumos e novos direcionamentos”, afirma Cícera Batista, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-PB.

A próxima reunião do Coletivo de Mulheres está marcada para a primeira semana de agosto, retomando suas pautas e continuando a luta para conquistar melhorias e os devidos direitos da mulher na sociedade.