Cidade de Hugo Mota é tomada por sindicalistas e servidores na luta contra a PEC 38
O ato público para dizer não à PEC da Reforma Administrativa, com direito a caminhada pelo centro da cidade de Patos, cidade do paraibano Hugo Mota, presidente da Câmara dos Deputados.
Publicado: 27 Outubro, 2025 - 15h55 | Última modificação: 27 Outubro, 2025 - 16h17
Escrito por: SECOM/CUTPB | Editado por: SECOM/CUTPB
No último sábado (25), a cidade de Patos foi tomada por sindicalistas e servidores públicos das esferas municipal, estadual e federal, para um ato público, com direito a caminhada pelo centro da cidade de Patos, cidade do paraibano Hugo Mota, presidente da Câmara dos Deputados, para dizer não à PEC da Reforma Administrativa. Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PB) em parceria com outras centrais, o Fórum Paraibano em Defesa do Serviço Público, a Federação dos Trabalhadores em Serviços Públicos no Estado da Paraíba (FETAM-PB) e sindicatos da base cutista, o ato tem como foco impedir que a PEC, que terceiriza o serviço público, trazendo prejuízos para a população, para os serviços públicos e para os servidores, com o texto atual, defendido por Hugo Mota, entre na pauta de votação da Câmara.
O atual texto da PEC da Reforma Administrativa transforma o serviço público em uma atividade subsidiária à iniciativa privada, reduz drasticamente concursos, amplia contratos temporários e terceirizados e cria uma tabela remuneratória unificada que ignora as especificidades e a complexidade dos cargos públicos.
Em sua fala durante a caminhada, Tião Santos, presidente da CUT Paraíba ressaltou os riscos da aprovação da PEC 38 para os servidores e para a população, ‘estamos aqui para dizer ao presidente da Câmara Hugo Mota, que essa Reforma administrativa não moderniza o serviço público, ela destrói o serviço público, prejudicando todo o país, portanto, ela não interessa ao povo paraibano e não interessa ao povo brasileiro’, afirmou.
Para Tony Sérgio, Secretário Geral da CUT Paraíba, além da luta contra a PEC o ato tinha outras pautas de luta, ‘nosso eixo de luta aqui nesse ato, não é apenas contra essa PEC 38, que desmonta o serviço público e coloca a serviço dos políticos de plantão, é também contra jornada 6x1, contra a privatização e pela mobilização do povo nas ruas, a exemplo da luta contra a PEC da bandidagem, unificando centrais, e por isso estamos aqui nas ruas para lutar contra um projeto que desmonta o estado brasileiro’, destacou.
A PEC retira de estados e municípios a autonomia para gerir seus quadros de servidores, transferindo à União o controle sobre políticas de pessoal, incluindo regras de carreira, concursos, remuneração, benefícios, avaliação de desempenho e gestão de cargos comissionados e a extinguir cargos públicos por decreto, sem aprovação do Congresso, o que abre possibilidade para corrupção, nepotismo e uma queda de qualidade nos serviços prestados à população.

