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Chapa formada por mulheres é a mais votada em eleição para reitoria da UFPB

Universidade celebra democracia com a vitória das professoras Terezinha Martins e Mônica Nóbrega, mas espera que resultado da votação seja respeitado em nomeação

Publicado: 27 Agosto, 2020 - 19h48 | Última modificação: 27 Agosto, 2020 - 21h57

Escrito por: Ascom CUT-PB

Divulgação
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Resultado da votação foi divulgado na noite da última quarta-feira (26)

A vitória em primeiro lugar da chapa Dois, que concorreu às eleições para renovação dos cargos de Reitor e vice-reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), encabeçada pelas professoras Terezinha Martins e Mônica Nóbrega, foi muito celebrada tanto por estudantes quanto por trabalhadores e trabalhadoras da instituição.

A votação aconteceu nesta quarta-feira (26), de forma totalmente remota. O resultado será encaminhado para homologação do Conselho Universitário (Consuni), que acontece no próximo dia 03 de setembro. Apesar do processo eleitoral contar com a participação popular, ainda existe preocupação para que o resultado da eleição seja respeitado em nomeação pelo Ministério da Educação (MEC), a partir de uma lista tríplice com os mais votados. 

Secretário geral do Sindicato dos trabalhadores em ensino superior na Paraíba (SintePB) e Secretário de combate ao racismo da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB), Clodoaldo Gomes, acredita que a luta agora seja para que o Consuni, homologue o resultado de forma justa a lista tríplice que será enviada ao Mec, respeitando a vontade da maioria da comunidade universitária para que as reitora e vice-reitora eleitas venham realmente a ser empossadas. Ele ainda defendeu que a derrota da chapa da situação não foi surpresa para a comunidade universitária.

“A UFPB que foi às ruas em março do ano passado para defender a educação não poderia dar continuidade ao atual Reitorado de tanto retrocessos e omissões diante dos desmandos do Governo Federal”, ressaltou Clodoaldo.

Para ele, nem mesmo o que disse ser "manobras feitas pela atual gestão, acabando com o voto paritário e o segundo turno das eleições pôde impedir o desejo de mudança da comunidade universitária".

“O desgaste desse atual Reitorado privatista e de retirada de direitos era muito grande. Tentaram impedir a derrota mudando o processo eleitoral e colocando o peso maior dos votos para os docentes, mas mesmo assim não funcionou, porque no meio docente também havia grande descontentamento. A prova é que a maioria dos votos dados pelos professores à chapa da situação não foi significativa e a votação esmagadora dos estudantes e técnico-administrativos à Chapa Dois fez a diferença”, destacou.

Votação expressiva

A Chapa Dois conquistou 964,518 votos, apresentando uma maioria de 044,505 votos para a segunda colocada, chapa Um, que tinha à frente os professores Isac e Regina, apoiada pelo atual Reitorado, que conseguiu 920,013 votos. O terceiro lugar ficou com a chapa 3 (Valdinez e Liana), com 106,496 votos.

Pelo boletim de apuração de votos, participaram do pleito 2341 docentes, 2466 técnico-administrativos e 9.796 estudantes. O percentual de votação final de cada candidato foi obtido pela média ponderada alcançada em cada segmento, observando o peso de 15% para os técnico-administrativos, 15% para os estudantes e 70% para os docentes. A votação pela primeira vez on line, em decorrência da pandemia do coronavirus, teve início às 07h dessa quarta-feira e se encerrou às 22 horas.