Escrito por: Elara Leite
A CUT-PB conta com mais uma ferramenta de comunicação para otimizar as atividades da central diante do distanciamento social.
A CUT-PB conta com mais uma ferramenta de comunicação para otimizar as atividades da central diante do distanciamento social. Através de um canal de YouTube serão elaborados conteúdos e lives para informar a respeito da luta dos trabalhadores. A primeira live será realizada nesta sexta-feira (29), às 16h, promovida pelo SINTEP-PB, sobre o congelamento dos salários dos servidores e os problemas enfrentados pela educação pública durante a pandemia. Acesse o canal da CUT-PB pelo link: bit.ly/canaldaCUTPB
Lúcia Figueiredo, secretária de comunicação da CUT-PB, lembra que essas novas ferramentas são estratégicas para envolver o movimento sindical em seu diálogo com a sociedade. “O movimento sindical tem a comunicação alternativa como instrumento de quebra da hegemonia. Numa conjuntura de distanciamento social e pandemia, ela se torna o principal instrumento de diálogo com a classe trabalhadora. A CUT não poderia ficar de fora e oferecer oportunidades de aproximação com as bases e os sindicatos. Esse canal no YouTube veio intensificar nossas ações e interagir melhor com nossas bases. Espero que os sindicatos usem bem esse espaço e que possamos passar esse período de dificuldade através dessas mídias”, comentou.
“Parabenizo a direção do SINTEP por essa live nesse momento em que os servidores públicos estão sendo mais uma vez massacrados e que estão levando nas costas essa pandemia. O governo bate martelo e decide que o ônus tem que ser tirado do bolso do servidor. É muito triste e precisa ser muito debatido e criticado”, afirmou. A secretária de comunicação já adianta que também fará uma live sobre a importância da mídia sindical nesse momento.
O encontro virtual desta sexta-feira (29) terá a presença de Antônio Arruda, da secretaria de administração do SINTEP-PB; Heleno Araújo, presidente da CNTE e a deputada estadual de Pernambuco, Teresa Leitão, ex-presidente do SINTEPE.
Teresa Leitão é uma importante voz na luta pela educação, pelos direitos das mulheres e da juventude. Foi eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), em 1993, e, desde 2002, é deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Para a vice-presidente da CUT-PB e dirigente do SINTEP-PB, Socorro Ramalho, a live é um momento muito importante para falar sobre o congelamento dos salários dos servidores públicos. “Lamentavelmente o governo só tem tomando decisões que causam extremos prejuízos à classe trabalhadora e ao povo em geral com negacionismo da COVID, com todas essas medidas que vem tomando que só favorecem as grandes empresas e fortunas”, pontuou.
Educação na Paraíba
Socorro aproveitou para denunciar que a situação dos professores na Paraíba também está crítica. Ela explica que os contracheques do mês de maio vieram com cortes de bolsas e gratificações que variam de R$ 500 a 1000. “Quem está preparado para isso? A justificativa não convence, não é plausível, joga a culpa nos gestores da escola. É um descaso com os professores. Outra situação é a exigência das aulas online, contrariando a resolução 140 do Conselho Estadual de Educação, bem como as portarias 418 e 481 da Secretaria de Educação, que não obrigam que os professores façam atividades remotas, videoaulas e videoconferências, porque muitos professores não tiveram a formação suficiente ainda”, criticou.
A vice-presidente da central na Paraíba também afirma que menos de 50% dos estudantes da rede estadual conseguem acessar a plataforma Paraíba Educa porque não têm computador ou usam apenas dados móveis limitados para acessar à internet. “Há um prejuízo para os professores e principalmente para os estudantes. É uma exclusão espantosa e não vamos admitir isso. Não podemos admitir que os filhos dos trabalhadores, estudantes da rede estadual de ensino sejam excluídos do sistema de ensino porque não têm computador, internet ou celular potente. O SINTEP está tomando as providências quanto a isso. Em relação aos constrangimentos e assédio aos professores que estão sendo obrigados a fazer atividades que eles não têm condições no momento de pandemia, nós vamos também tomar as providências. Não podemos admitir esse tipo de coisa nesse momento tão difícil que a humanidade está passando”, concluiu.