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A greve é uma resposta a um processo de desconstrução da educação pública

Comando de greve afirma que as perdas de investimento chegam a 81% desde 2016

Publicado: 13 Junho, 2024 - 18h36 | Última modificação: 13 Junho, 2024 - 18h50

Escrito por: SECOM/CUTPB | Editado por: SECOM/CUTPB

SECOM/CUTPB
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A entrevista Coletiva reuniu sindicatos dos Professores e Técnicos-Administrativos da UFPB e IFPB

    Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (13) na sede do Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb) os sindicatos das categorias dos professores e servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Instituto Federal de Tecnologia (IFPB) convidaram a imprensa para uma entrevista coletiva com objetivo de fazer uma avaliação do movimento de greve nestas instituições da educação na Paraíba e por extensão no resto do país.
    O Presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, lembrou que esta negociação já se arrasta por um ano. “No ano passado o governo concedeu um aumento de 9% de forma linear, ressaltamos que naquele momento já tínhamos cálculos que demonstravam que a categoria tinha em torno de 27,7% de perdas salarias acumuladas, segundo cálculo do Dieese”. Cristiano lembra também que além das perdas salariais, as categorias lutam por melhorias nas estruturas dos campi das universidades e IFs, “neste momento, também é importante lembrar que tinha professores dando aulas por falta de manutenção nos ar condicionados e equipamentos das salas de aula e laboratórios, tivemos uma perda de investimento desde 2016, em torno de 81%, que envolve estrutura de obras, de manutenção de equipamentos, o que resultou em obras inacabadas e falta de manutenção nas estrutura existente”.
    A dirigente do SintesPB, Rafaella Prado, lembrou que a valorização do servidor público da educação, passa pelo reconhecimento da importância e da necessidade dos servidores para que estas instituições funcionem, “o objetivo da greve é fazer com que a nossa pauta seja reconhecida e que os servidores técnicos-administrativos são essenciais dentro do processo de ensino e aprendizado nesses institutos federais”, destaca.
    Durante a entrevista, os dirigentes lembraram que nenhuma greve acontece por acaso, esta greve é uma resposta ao processo de desconstrução da educação pública, socialmente referenciada, gratuita e de qualidade em nosso país, que é responsável pela educação dos filhos da classe trabalhadora. A Central Única dos Trabalhadores reitera o total apoio e solidariedade aos companheiros e companheiras e se soma ao movimento em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.