Milhares de pessoas participaram no último domingo (8), do Festival pela Vida das Mulheres e por Direitos, realizado no Busto de Tamandaré, em João Pessoa.
Milhares de pessoas participaram no último domingo (8), do Festival pela Vida das Mulheres e por Direitos, realizado no Busto de Tamandaré, em João Pessoa. Essa foi a primeira vez que o movimento de mulheres realizou uma atividade na praia, já que historicamente os atos anteriores vinham sendo realizados em bairros populares ou áreas com grande concentração de trabalhadores, como Mangabeira, Bancários e Centro da cidade.
O ato foi o resultado do planejamento realizado em uma série de reuniões com mais de sessenta entidades, nas quais foram avaliadas diversas propostas. “Ousamos ocupar aquele espaço. Estávamos com o pé no chão, não tínhamos noção do público que a gente podia colocar lá e foi muito prestigiado. O movimento sindical estava muito bem representado lá. Temos amadurecido muito e tem avançado na perspectiva do 8 de março se tornar uma grande agenda do país, isso vem sendo fortalecido”, ressaltou a secretária geral da CUT-PB, Luzenira Linhares. A CUT-PB vem participando da organização da atividade desde seu início, sendo uma das entidades coordenadoras do processo.
A avaliação geral é que a manifestação atingiu o objetivo em todos os sentidos, desde as atrações culturais e artísticas, até a feira, as tendas, os espaços para crianças e a parte política do ato. “Foi muito tranquilo, não teve nenhuma ocorrência, nada que pudesse prejudicar ou causar insegurança aos participantes e foi muito positivo, o que é um bom indicativo para a construção das outras agendas que já estão em curso”, prosseguiu Luzenira.
As organizações tiveram espaço garantido, durante o ato, para fazer suas denúncias e reafirmar a disposição e o compromisso com a luta da classe trabalhadora e da sociedade. “As entidades deram o seu basta de violência contra a mulher, lembrando também que a sociedade brasileira não pode mais suportar tanto desgaste e o desmonte que está acabando com os direitos”, pontuou a secretária geral da CUT-PB.
A secretária de comunicação da CUT-PB, Lúcia Figueiredo, também fez a sua avaliação. Para ela, as mulheres demonstraram, mais uma vez, que com unidade é possível ir muito além das expectativas. “As mulheres conseguiram fazer um grande ato de resistência. A ação política das mulheres demonstrou que o 8 de março está consolidado como o primeiro grande ato político de resistência do país, da luta da classe trabalhadora e do movimento feminista e político. O movimento de mulheres da Paraíba está de parabéns, assim como estão de parabéns todas as mulheres das entidades que contribuíram com essa luta, com essa organização”, observou Lúcia.
Lúcia lembrou também que houve grande diversidade de falas e uma homenagem com o nome de várias mulheres assassinadas, silenciadas pelo machismo. Parlamentares como os vereadores Marcos Henriques e Sandra Marrocos e as deputadas Estela Bezerra e Cida Ramos, bem como representantes de partidos políticos da esquerda também fizeram suas falas. A Secretária de Comunicação destacou, entre os grupos culturais, As Calungas, Gláucia Lima, Cida Alves e outras atrações. “Foi um grande ato de resistência a tudo de ruim que acontece com as mulheres e com o Brasil em todos os segmentos. Foi o primeiro grande grito de Fora Bolsonaro do ano”, concluiu a secretária de comunicação da CUT-PB.
As próximas agendas serão no dia 12 de março, com a Marcha das Mulheres do Polo da Borborema; 14 de março, com o aniversário de 2 anos da morte de Marielle Franco; 18 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público e o Dia do Trabalhador, 1º de maio.
Dia em Defesa do Serviço Público
Diversas reuniões preparatórias vêm sendo realizadas para o Dia Nacional em Defesa do Serviço Público, 18 de março. Nesta terça-feira (10), entidades empenhadas na organização do ato reúnem-se às 17h no Sintect, em João Pessoa, para traçar algumas estratégias operativas. A CUT-PB realiza ainda, no dia 12, uma plenária com sindicatos cutistas, para fomentar atividades em todo o Estado. No dia 17, uma plenária ampliada deverá ser realizada com todos os movimentos e sindicatos para alinhar os últimos detalhes.